Toda vez que vou ministrar um curso de Reciclagem para Condutor Infrator, a sensação da minha parte é sempre a mesma, uma oportunidade de atualizar os motoristas na Legislação de Trânsito, uma oportunidade de rever atitudes e comportamentos e uma maneira de criar uma consciência cidadã.
Por outro lado entra em cena, a sensação do motorista de que foi injustiçado, penalizado e sem nenhum interesse em aprender, atualizar-se, rever atitudes ou mudar comportamento.
Tudo isso por um motivo muito simples, o curso é tratado pela Legislação como uma penalidade. Não visa e nem foca a educação, a requalificação e nem a exploração de conhecimentos práticos.
Isso é trabalho didático e pedagógico do instrutor. E por sinal um trabalho árduo, penoso e não reconhecido.
No curso de Reciclagem para Condutor Infrato,r o instrutor é o alvo de toda raiva, ódio e desamor que o motorista tem com o órgão, entidade ou agente, como se nós, instrutores, fossemos parte de uma manipulação ou industria de multas e que somos a parte que tem o objetivo de consolar, suavizar ou aplacar sua ira.
Enfim, o objetivo do curso deve ser de reeducar e não punir. Deve visar a educação e não a punição.