domingo, 30 de dezembro de 2012

QUANDO EU ERA MENINO

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

O que seria próprio de menino?

A imperfeição por conta da irresponsabilidade, da imaturidade, da falta de conhecimento, da falta de percepção, do irrealismo, tudo é brincadeira, até mesmo as coisas mais sérias são levadas numa grande imprudência  pelos meninos. Tantas são as características de menino que poderíamos ficar mensurando...

Estamos passando por um período onde muitas pessoas ainda são meninos, ainda não chegaram a  idade adulta, ainda não são homens. Eles ainda são meninos, falam e pensam como meninos.

O que assistimos no trânsito a cada dia é um grande números de meninos dirigindo, cada qual fazendo o que achar melhor; criam regras próprias e fazem de seus desejos a sua vontade sem preocupação social, familiar ou pessoal. São meninos!

Podemos até aventurar em dizer que há uma epidemia psicopatológica no trânsito.

São motoristas que apesar dos muitos anos e experiências de vida, não compreendem, são irresponsáveis, são imaturos e que dirigem como meninos.

Quando vemos um homem socialmente adequado aos conceitos, trabalhador, pai e marido exemplar e por um desejo de satisfação pessoal, inflige a lei e bebe e dirige. Quando este homem está numa Delegacia ou retido numa blitz, percebemos que o problema dele não é a vontade ativa de violar as regras e sim uma vontade passiva incontrolável e quase automática. Pois ele sabe que não deve e faz. É um menino casado, pai e trabalhador de tantos anos que ainda é menino.

Quem são os responsáveis por gerar essa geração de meninos?

Poderíamos mensurar em primeiro lugar As Leis criadas pelo legislativo da União (Senado e Câmara Federal) onde fazem leis que criam uma sociedade anárquica. 

Leis que zelam pela desordem social e extrai dos pais o direito de respeito dos filhos. Uma boa parte do conjunto de Leis de nosso Brasil é a favor do indisciplinado, do infrator, do contraventor e do criminoso.

Talvez seja a sensação de impunidade, talvez seja a debilidade familiar que o levou a manter as coisas de menino ativa em seu inconsciente ou talvez seja o medo de ser homem e deixar as coisas de menino por se sentir seguro e sem responsabilidades.

Todo menino, precisa viver sobre uma autoridade. Nenhum menino poderá crescer sem conhecer a disciplina  e a autoridade; quer dos pais ou da escola ou do Estado.

Paulo em certo momento disse que: "Toda a pessoa esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus." e "Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação."

Não podemos temer as autoridades, e sim receber delas o louvor pela boa ação praticada por nós, mas se porventura não andemos no que é correto

"Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela." 

Enquanto o homem/menino não perceber que há uma disciplina ou autoridade, ele continuará sendo menino.

Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. 

É necessário que este motorista, siga as regras imposta pelas autoridades não somente pelo castigo, ou seja pela infração ou crime, mas pela consciência, pois ele será modelo de um outro motorista, que possivelmente poderá ser seu filho, seu irmão, seu amigo sua comunidade.

Lembro-me bem na minha adolescência, (de quando eu era menino)  quando meu pai falava comigo a respeito de uma regra estabelecida ao meu comportamento, o que eu  poderia ou não fazer e a punição era certa. Eu, menino, com medo do castigo, não desobedecia; pois, sabia que o castigo era certo.

Pra que um comportamento correto seja estabelecido, ela ocorrerá por duas formas, ou pela educação ou pelo temor da repreensão e punição.

Os passos para que seja pela educação é o exemplo através do comportamento compartilhado, respeito e tradição familiar.

Os passos para que a obediência seja pelo temor são a ordem, a fiscalização, repreensão, correção e a punição. Aqui não importa se quem passa pela disciplina será educado ou não, o que importa é o respeito. É arcaico, mas as vezes é necessário.


Zelemos todos por um comportamento disciplinado e respeitoso no trânsito. 

Não corra, não beba, não mate na direção do seu veículo. Seja homem!


Mas, logo que cheguei a ser homem... O que próprio de homem?

O contrário de ser menino, ser homem é chegar a perfeição de um ser pensante (de conhecimento),  assumindo suas responsabilidades, direitos e deveres e assumir sua função social. 

Portanto, seja homem e não apenas adulto.

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